quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Projetos de Habitação MultiFamiliar.


D
urante a pesquisa sobre projetos para habitação multifamiliar acabamos achando alguns projetos que nos chamaram a atenção pela ousadia de formas e uso de materiais renováveis. Muitos dos projetos reutilizam madeira e coitainers, dando nova forma e utilidade a estes materiais.




Fontes das imagens: http://www.momoy.com/category/architecture/

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

CONCEITO MANGUE!.



"Seres humanos feitos de carne de caranguejo, pensando e sentindo como caranguejos. Seres anfíbios – habitantes da terra e da água, meio homem e meio bichos [...] parados como os caranguejos na beira da água ou caminhando para trás como caminham os caranguejos [...] habitantes dos mangues [...] dificilmente conseguiriam sair do ciclo do caranguejo, a não ser soltando para a morte e, assim, afundando-se para sempre dentro da lama [...] essa fossa pantanosa onde aguarda o Recife (CASTRO: 2001, p. 10-11)."


O trecho acima, do pensador pernambucano Josué de Castro, referente ao romance Homens e Caranguejos (1966), nos mostra a realidade de um povo que habita essa área tão sensivel , o mangue, e que, embora o autor tenha uma certa visão pessimista, ainda assim, é um povo com muitas aspirações, felicidades e principalmente necessidades importantíssimas. Partindo dessas premissas e
deste clima de mangue vivo, onde o vegetal, mineral e animal se confundem
, Chico Science apoderou-se dessas influências para a criação do movimento Manguebeat, com canções que transcrevem parte da realidade do livro e também ,uma visão espacial da vida em uma favela mangue, como na música Manguetown.

Esses referencias fazem parte da base conceitual de nosso projeto arquitetônico. O conceito parte desses ideais naturalistas na criação de um projeto que tenha uma integração e uma transitoriedade suave entre os elementos água, terra e da vegetação do terreno. Um projeto sobre-dentro-na água, que contempla a criação de novas paisagens urbanas com relações mais elásticas entre esses dois elementos opostos. A terra onde tudo é parcelado e a água, onde não há conceito de propriedade.
Outro foco de nosso projeto será na REutilização de materiais e o uso de outros ecologicamente corretos de modo a recriar, como no ciclo da água, seus usos de forma mais prática e assim completando o ciclo destes.

Para tornar tudo isso já falado de forma mais clara e sensitiva, nós criamos a ideia de Maquete Musical . Seria um vídeo, nele, nós regravamos a música Manguetown e junto com imagens reais de favelas em mangue e com algumas propostas de edificações para esse meio, colocariamos à tona certos questionamentos sociais, arquitetônicos e conceituais a respeito da área estudada.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CIPÓ COM PLÁSTICO

Arquitetos e decoradores inventam a arquitetura-mangue, estilo que une o rústico e o pós-moderno.


"A residência do escritor Ariano Suassuna, do século 19, réplica de uma casa de fazenda, situada no aristocrático bairro de Casa Forte, em Recife, não poderia ser mais patriarcal e regionalista. Fachada de azulejos azuis e brancos, rendilhados de ferro nas janelas e ambiente interno decorado com muita arte sertaneja retratam o estilo nativista presente na vida e na obra literária do escritor. No outro lado da cidade, no moderno bairro de Piedade, reduto de colunáveis, o apartamento à beira-mar do senador Carlos Wilson tem estilo oposto: tapetes com formas geométricas, confortáveis sofás de pés metálicos, móveis claros e mesa de vidro. Entre o detalhismo das tradições regionais e o minimalismo da arquitetura globalizada, a cultura pernambucana está lançando para o mundo um peculiar estilo de moradia, uma espécie de terceira via. O cantor Chico Science, falecido em 1997, chamaria o estilo de arquitetura-mangue - aquela que une elementos da cultura regional e a vanguarda internacional. "

Este é o inico da reportagem da revista Istoé edição 30 de 1998 que fala um pouco sobre esse movimento arquitetônico, para muitos desconhecido, que vem tomando uma importância há um longo tempo no Brasil e especialmente para nosso grupo que está levando em consideração nas pesquisas sobre o conceito arquitetônico de nosso projeto.

Para ler a Reportagem na íntegra, acesse: http://epoca.globo.com/edic/19981214/cult3.htm e vocês poderam ter uma noção maior do assunto.

TERRENO Vs ENTORNO


Com a intenção de criar um conjunto habitacional multifamiliar no bairro Canasvierias-Florianópolis SC, os alunos da matéria Projeto Arquitetonico 4 tiveram a possibilidade de analisar uma área sensível do ponto de vista social e natural. Inicialmente fizemos uma visita à região para caracterizar o entorno e o terreno, visto que, mais adiante iniciaremos o processo de implantação .

CARACTERISTICAS DO ENTORNO E DO TERRENO:
- O entorno se dá por uma população que reside de forma precária: com ruas de barro, casas com pouca infra-estrutura e conforto. As imagens abaixo dão uma certa noção do entorno.


- O terreno escolhido se caracteriza por uma tripa alongada com uma vegetação rasteira e pouca declividade, porém no terreno há um curso'dágu
a que perpassa-o, tornando alagadiça parte posterior da gleba. Imagens do terreno abaixo.

BLOOM House!


Dia 02 de Setembro rolou a apresentação sobre a casa que concorreu ao Solar Decathlon. Um dos pontos marcantes da casa está no conceito, que utiliza de idéia da integração com a natureza, com a reutilização de materiais e com o uso da alegoria da borboleta para caracterizar o telhado.

A casa foi criada a partir de
5 princípios: comunidade, adaptação, aproveitamento, resistência e encanto. Algumas características da casa que nos chamaram a atenção:

Ø Persianas flexíveis para o controle de calor, luz, ar fresco e ventilação.
Ø Telhado coberto com painéis solares para geração de energia elétrica para equipamentos domésticos, luz, e veículos elétricos.
Ø SIP (structural insulated panels) reduz perda e ganho de calor.
Ø Paredes cobertas no exterior com painéis móveis promovendo sombra quando preciso.
Ø Pisos radiantes.
Ø Materiais sustentáveis como bambu e madeira de demolição.
Ø Aquecimento solar de água.
Ø As venezianas que barram/permitem ventilação e luz natural;
Ø Coletores solar no telhado que aquecem a água da casa, o
excedente vai para a banheira externa;
Ø O beiral e o sistema fotovoltaico compõe uma "borboleta" na fachada frontal;
Ø Deck de plástico resistente e com baixa condutividade térmica;
Ø Painel POLYGAL na cobertura controla luz natural;
Ø ECOresin panels ecologicamente responsável;
ØFechamentos internos com painéis de madeira de demolição;